João, discípulo de Cristo, em uma de suas andanças encontrou um homem que expelia demônios usando o nome de Jesus. Este homem não era um dos seguidores de Jesus no mesmo sentido que eram os apóstolos e outros comissionados para aquele trabalho (Lucas 9.1-2; 10.1-12).

Ele pede o parecer de Jesus sobre sua ação (Marcos 9.33-38; Lucas 9.46-49).
Ironicamente João estava agindo como os escribas que anteriormente se opuseram a Jesus apesar da evidência da ação do Espírito Santo na realização de exorcismos (Marcos 3.22). Agora ele se opunha a um homem que tinha evidência de ter fé em Jesus e que estava fazendo o que alguns apóstolos não tinham conseguido um pouco antes (Marcos 9.18,28).
O Mestre ensinou que o comportamento de João, que representava o dos doze, era errado (Marcos 9.39-40). "Quem não é contra nós, é por nós" diz Jesus. Se aquele exorcista usava o nome de Jesus, deveria ter sido considerado como amigo por João e não como inimigo ou concorrente.
Os discípulos de Cristo não precisam tomar "posições" com respeito aos homens; os homens é que precisam tomar uma posição com respeito a Jesus.
O sentimento de rivalidade e de competição não é compatível com o caráter de servo que Jesus ensinou aos seus seguidores. Ser seguidor de Jesus é aprender a reconhecer que nem tudo tem de ser feito a nosso modo.
Se o exorcista estava a favor de Jesus, deveria ser incentivado e não criticado; deveria, se necessário, ser instruído com maior exatidão sobre o caminho do Senhor (Atos 18.24-19-7). Ele não era como os sete filhos de Ceva (Atos 19.13-16), mas parecia ser alguém com uma boa atitude espiritual.
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por Álvaro César Pestana
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